sábado, 26 de maio de 2012



Entre estrelas
© Adriana Janaína Poeta

O amor de quem verte
poesia e encanto
é comum e humano,
ensolarado e profano,
é o mesmo amor que encontramos
ali na esquina
ou no espelho.

Dedos  agéis que digitam,
impunham pincéis
ou entoam o seu canto...
Tanta dor e alegria,
noites e dias,
vertem estrelas e carregam  sonhos,
são plenos de magia...

Eu vejo no céu
que entre as estrelas,
não existe apenas o azul
e os astros errantes,
perambulam poetas e artistas,
estes incontroláveis amantes.

Trazem nos olhos o mar azul
e a eternidade que grita,
dói feito lança,
sangra,
ainda  acreditam
que tudo é profundo,
mesmo o que não enxergam
já que o sentimento os guia.

O que trazem no rosto
é a alma que permeia o mundo,
não é apenas sagrado,
é vida.
Nas suas mãos atado está o tempo,
todo o ardor e o vento.
Não é de sonho que vivem
mas é de sonho que são feitos.


Linha da vida
© Adriana Janaína Poeta

A vida flui feito um rio,
é rápida e ensina
como é breve e fugáz
esta passagem.

A vida breve que flui
trocando olhares
e aproximando corpos,
perdidos olhares no tempo,
hoje são lembranças
e flashes.

Em cada esquina dobrada
uma esperança espreita.
Ligeira e incansável
segue a vida,
flui firme e silencioso
este rio.

Nas altas estrelas se esconde
talvez a única resposta...
somos finitos
ou apenas parte
de um grande destino?...

Escreve estas linhas
no teu pensamento,
tudo o que vês é tão breve,
o futuro é o que fazes,
o teu hoje moldado
no vento.