Entre estrelas
© Adriana Janaína Poeta
O amor de quem verte
poesia e encanto
é comum e humano,
ensolarado e profano,
é o mesmo amor que encontramos
ali na esquina
ou no espelho.
Dedos agéis que digitam,
impunham pincéis
ou entoam o seu canto...
Tanta dor e alegria,
noites e dias,
vertem estrelas e carregam sonhos,
são plenos de magia...
Eu vejo no céu
que entre as estrelas,
não existe apenas o azul
e os astros errantes,
perambulam poetas e artistas,
estes incontroláveis amantes.
Trazem nos olhos o mar azul
e a eternidade que grita,
dói feito lança,
sangra,
ainda acreditam
que tudo é profundo,
mesmo o que não enxergam
já que o sentimento os guia.
O que trazem no rosto
é a alma que permeia o mundo,
não é apenas sagrado,
é vida.
Nas suas mãos atado está o tempo,
todo o ardor e o vento.
Não é de sonho que vivem
mas é de sonho que são feitos.